terça-feira, 20 de setembro de 2011

Bonjour Supélec

Embora tenha sido dificil sair da cama, acordo cedo e com tempo de sobra na sexta-feira. Apos acabar de arrumar os ultimos detalhes, e me certificar que tudo estava guardado, desço para o meu ultimo café da manhã com a minha familia de accueil. Avinash, o indiano que também morou la por dois meses, ja tinha ido embora mais cedo, mas todos os outros estavam ali.

Depois do café, hora de tirar a mala do quarto, e me despedir da familia. Disse tchau para a Viviane, que foi a minha mère no tempo que passei em Vishy. Mesmo a gare sendo bem perto de casa, Jean-Marie, o père, pegou a minha bagagem e me levou de carro até a estação. Ele me ajudou a levar as coisas até a gare, e ficou la até eu me certificar que estava tudo certo. Por fim, disse tchau a ele, que ratificou o convite da Viviane falando que quando eu quisesse eu poderia voltar para visita-los.

Ainda faltava meia hora para o trem chegar. Encontrei o Fernando, o Raphael, o Janailson e o Daniel, que também iam para a Supélec. O trem chegou na hora, e fomos finalmente para Paris.

Em Paris, o Claude, que trabalha na escola, foi nos buscar na gare de carro. Fizemos alguma magica, pois mesmo o carro sendo grande, tinhamos muitas malas, e conseguimos colocar todas no porta-malas. Como eramos muitos, eu e o Janailson nos oferecemos para ir de metro e trem até a Supélec. Pela primeira vez peguei o famoso metro de Paris.

Descemos na estação mais perto da Supélec, e o Claude foi nos buscar de carro la. No caminho, vi varias plantações, e ja comecei a perceber que realmente estamos no interior.

Chegando, fomos nos instalar nos nossos quartos. O quarto não é grande, e a primeira vista não gostei muito; mas agora, com ele cheio de coisas, e mais arrumado, até que ele não é ruim. Depois de uma reunião com o Raul, onde ele nos falou das varias possibilidades de projetos e idéias que podemos explorar neste ano, encontramos o Andrea, um italiano que ja esta aqui a um ano. Fomos para o apartamento dele, que é na residencia 2 e é bem maior, e jantamos pizza.

Sabado de manhã fomos para Paris com um grupo de alunos estrangeiros que estão na Supélec. Para ir, temos que primeiro pegar um onibus até a gare, e de la pegar o RER, que demora uns 45 minutos até chegar em Paris. Pegamos um metro. Fomos primeiro no Panthéon que é a casa de grandes orgulhos dos franceses. A fachada é enorme, e o interior incrivel; com uma abobada, um pé direito extremamente alto, e um salão bem amplo. No centro da abobada, fica o pendulo de Foucault, que prova que a Terra gira. No subsolo, fica uma cripta, onde repousam nomes como Rousseau, Victor Hugo, Monet, Marie Curie e Voltaire.

Saindo de la, passamos no McDonalds para fazer um almoço bem frances. Mas, pegamos para viagem, e fomos comer no jardim de Luxembourg, que fica ali do lado. Estava meio frio, mas o jardim é bem agradavel, e muito bonito. Fomos andando, cruzamos o Sena, e chegamos na catedral de Notre Dame. Ela é muito alta; muito grande. E bem em frente, fica o marco zero de Paris.

Pegamos o metro, e fomos até a estação dos Invalides. Contornando a estação, ha uma area aberta bem grande, onde no fundo é possivel ver uma construção, que antigamente era um hospital de guerra, e hoje é onde esta Napoleão. Passando uma ponte que tem alguns pilares e umas estatuas, estão o Grand Palais (grande palacio) e o Petit Palais. Chegamos então na Champs-Elysées. Eh uma avenida bem larga, que é repleta de lojas. Aproveitamos para comprar comida para os proximos cafés da manhã.

Encontramos os outros brasileiros que estão estudando na Supélec, e fomos procurar um lugar para jantar. Pegamos o metro, e na estação que descemos, tinha uma pequena aglomeração na rua, e varios policiais por perto. Ninguem entendeu o que estava acontecendo, e os que estão a mais tempo em Paris disseram que aquilo não era muito normal. Continuamos o nosso caminho até o restaurante chineis, onde iriamos jantar. A comida estava muito boa, e no meio da refeição o professor Raul se juntou a nos.

Saimos do restaurante as 11 horas. Fomos andando até o metro, e dele fomos para uma estação em que poderiamos pegar o RER. Esperamos por 40 minutos até o trem chegar. Mais meia hora de trem, até a estação, e então começou a parte dificil. A Supélec fica longe da estação, e o caminho era praticamente so subida. Tivemos que passar do lado de uma floresta, e então chegamos na escola. Demos uma passada rapida em um barzinho que fica dentro da escola. A cerveja é barata, e tem mesas de sinuca e de pebolim.

No domingo almoçamos em um kebab, e tivemos que pegar um trem e um onibus para voltar. Enaquanto esperavamos o onibus, começou a chover, e tivemos que nos apertar um pouco para todos ficarem em baixo da parte coberta do ponto de onibus. Quando o onibus chegou, eu fui um dos ultimos a entrar. Na hora de pagar, tinha acabado o papel da maquina, então, o motorista não cobrou a nossa passagem. Nesse dia, jantamos pizza de novo.

Todos as noites estamos tendo que inventar coisas diferentes para comer. Cada vez mais percebo como era boa a vida em Vichy.
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Hoje foi o primeiro dia de atividades para mim aqui na Supeléc. De manhã, tivemos uma palestra com o diretor e com os responsaveis de ensino e acompanhamento pedagogico. De tarde, teve um teste de ingles. A minha vida aqui na Supélec começou.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Au revoir, Vichy

Vi muitos sairem de Vichy nesses dois meses que passei aqui. Me despedi de varias pessoas, via o pessoal animado, indo começar uma vida totalmente nova; ou voltando para as suas casas, em seus paises. Mas, na segunda-feira seguinte, eu sempre fazia de novo aquele mesmo trajeto tão conhecido por mim, passando em frente da gare, pegando a avenida dos Celestins, e indo reto ate o Cavilam. Entrava na sala para esperar e ver os rostos novos, para ver as atividades culturais que o Cavilam ia fazer naquela semana, e começar mais uma semana de aulas, em um lugar que na verdade eu me sentia de ferias.

Na proxima segunda vou ser eu que não vou estar mais la. Um dos ultimos brasileiros a ir embora de Vichy. Na verdade um dos ultimos do Cavilam a ir embora, por que dos que chegaram no mes de julho, acho que não tem praticamente mais nenhum aluno ainda aqui.

Hoje é a ultima noite em Vichy. Teve um jantar um pouco mais elaborado na minha familia de accueil. Eles serviram um vinho de aperitivo, e a mère preparou dois bolos, muito bons, para a sobremesa. De queijo, tinha o camenbert, que esta virando o meu preferido por enquanto nesta minha estadia na França. Depois da janta, fui para a frente do Cavilam. Hoje era dia de filme, mas nos ficamos esperando ele terminar para nos despedirmos dos italianos. Depois, fomos para um barzinho, que acredito eu, abriu esta noite.

Todos os dias indo para o Cavilam, via um pessoal trabalhando naquele lugar. Eles cortavam madeira, para fazer o piso, e também para fazer algumas mesas. Hoje, derrepente, aquele lugar que estava em obras até ontem, estava aberto. O barzinho era bem animado. As vezes a musica eram aquelas tipicas de balada, mas na maioria do tempo, era o karaoke que animava o ambiente. Acabamos conhecendo um frances que estava bem alegre, e começou a puxar papo com a gente. Antes de voltar para casa, demos uma passada rapida no Fous do Roy.

Agora resta apenas o desafio de fechar a mala, e estarei pronto para dizer "Au revoir" à Vichy. Foram dois meses morando pela primeira vez fora do Brasil, sem aquela segurança de poder contar sempre com a ajuda dos pais, ou da familia. Foram dois meses que eu tive que sair da bolha que querendo ou não, acaba se formando quando estamos na casa dos nossos pais. Foram dois meses de muitos aprendizados, de muitos novos amigos, novas historias, e com certeza, otimas recordações.

Au revoir, Vichy!

domingo, 11 de setembro de 2011

21 anos

Ja faz algum tempo que eu não escrevo aqui, e desde a ultima vez varias coisas aconteceram. Viagei pra Lyon, fui conhecer Clermont-Ferrand, aprendi a remar melhor, comprei um perfume frances, comprei um computador, e fiz 21 anos! Agora sou maior em todos os paises do mundo!

Embora meu portugues realmente deva ter piorado, ele não esta tão ruim quanto parece. O teclado frances não tem o acento agudo, a não ser no "é".

No sabado passado, eu e o Daniel iamos para Lyon. Mas na sexta, fomos para a soirée do Cavilam. Descobrimos uma vendinha que fica aberta até tarde, e passamos la antes de ir pra soiréee. Não fiquei até muito tarde na soirée. Quando cheguei em casa ainda tinha que arrumar as coisas pra ir à Lyon.

Arrumar a mala na ultima hora, e com sono tem parecido uma boa idéia. Eu tenho arrumado a mala muito mais rapido do que normalmente, e até agora não esqueci nada de importante. Fora a toalha que eu esqueci de levar pra viagem na Suiça, mas isso não vem ao caso.

Sabado pegamos o primeiro trem para Lyon. Dormi as duas horas da viagem. Chegando la, o Farias estava nos esperando. Ele era da mesma sala que o Daniel no Brasil, e ele chamou a gente pra ir à Lyon. Pegamos um bondinho até a catedral. A catedral é incrivel. Eh em homenagem à Maria e fica no topo de uma colina. Do lado de fora tem um mirante, que da pra ver toda a cidades. Ali perto, tem um antigo teatro romano, com o palco e as escadas, que servem de bancos, feitas de pedras, ao ar livre.

Descemos a pé, até o centro antigo. O Farias disse que tem uns lugares que ficam bem animados durante a noite. A praça que fica a prefeitura é bem ampla, e tem uma fonte no meio.

Depois de darmos uma boa andada por Lyon, fomos para a Ecole Centrales. Ia ter um almoço entre todos os brasileiros que estão estudando la. Acabei revendo bastante gente que eu conheci no Cavilam, e da Poli também. Encontrei a Re pela primeira vez aqui na Europa.

Conversando com o pessoal de la deu vontade de ir logo pra Supelec, ir logo morar na faculdade. Eu to gostando de Vichy, e aproveitando bastante, mas embora eu ainda queira continuar aqui, de férias, eu quero ir logo pra Gif também.

A noite fui jantar com uma amiga minha, do Cavilam. Teve bolo, com vela e tudo, afinal, meu aniversario era no domingo.

No domingo fomos com o Farias numa brocante, na cidadezinha onde fica a Ecole. Jantamos pizza. Na segunda logo cedo fomos voltamos para Vichy.

Apesar de estar longe do Brasil, foi luito bom poder ler os emails dos meus pais, e os desejos de feliz aniversario de varios amigos. Obrigado a todos!

Essa semana chegou um grupo de italianos. A maioria esta no final do ensino médio. Eles falam alto e são bem animados. Acabei conversando bastante com alguns.

Saimos quase todos os dias a noite dessa semana. Um dia fomos na L'Academie, que é um barzinho. No outro fomos em um casino, onde tentamos aumentar a nossa bolsa e acabamos perdendo 4€; pelo menos tinha refrigerante de graça. Sexta teve a soirée. Foi no Fou do Roi, que é o lugar que mais parece uma balada mesmo. Mas estava meio vazio, e a gente acabou ficando a maior parte do tempo do lado de fora. Mesmo assim, deu pra aproveitar.

No sabado, depois do remo pela manhã, fomos na piscina à tarde. A piscina, na verdade, são duas piscinas. Uma coberta, aquecida e com tobogã, e a outra olimpica, do lado de fora.

Hoje fomos conhecer Clermont-Ferrand. Varios predios da cidade são escuros, porque eles usaram na construção pedras de origem vulcanica. A cadetral é singular. Ela é muito grande, e bem preta. Passamos por um parque bem aconchegante também. Pascal nasceu la, e pela cidade é possivel encontrar varias coisas em referencia a ele.

Amanhã começa minha ultima semana em Vichy, e tambem minha ultima semana de ferias, vamos ver como vai ser.