domingo, 28 de julho de 2013

Meus pais na França - 2013

Meus pais estavam em Toulouse desde quinta, 13 de junho. Na sexta, por causa do 1° voo do A350, acabei saindo bem tarde da Airbus, mas no sábado pegamos a estrada ainda de manhã. Tínhamos como destino as Pyrannées, mais precisamente, Andorra.

Andorra la Vella, a capital daquele pequeno pais, não fica muito longe de Toulouse, mas acabamos levando praticamente o dia inteiro para chegarmos lá. Existe um túnel, que corta a montanha por dentro, e chega diretamente na cidade, sendo bem mais rápido. Decidimos, no entanto, ir pelas estradas que vão serpenteando os picos e vales, e que embora demore muito mais, tem uma paisagem muito bonita.

A estrada é bem tortuosa, fazendo vários zigue-zagues. Paramos varias vezes para tirarmos fotos. Mesmo estando já praticamente na metade de junho, ainda tinha um pouco de neve nos picos das montanhas. Passamos por estações de esqui, que obviamente estavam fechadas, mas onde deu para pararmos e caminharmos um pouco na neve. Aquela linda paisagem das montanhas era decorada por milhares de riozinhos, formados pelo desgelo da montanha.

Antes de chegarmos à capital, ainda passamos por uma cachoeira enorme, e por uma pequena igreja abandonada no meio daquela imensidão.




Chegamos em Andorra la Vella no final da tarde.

No outro dia, depois de termos passeado mais um pouco pela cidade, pegamos de novo a estrada.

Fomos em direção ao mediterrâneo, até uma pequena cidade, chamada Collioure, dica de um dos meus colocs. Collioure é uma cidade a beira mar bem pequena, mas muito bonita. A praia é pequenininha, em forma de meia-lua, com um pequeno castelo em uma das pontas, e uma fortificação e uma torre na outra.


Comemos por lá e depois voltamos para Toulouse. Parece que não tinha sido apenas a gente que tinha pensado em ir viajar naquele final de semana. O transito na volta estava enorme.

No outro final de semana, fomos visitar duas cidadezinhas próximas de Toulouse: Carcassone e Albi.

Depois de uma hora de carro, chegamos a Carcassone. Ela é uma cidade tipicamente medieval, e uma das poucas que ainda é completamente murada (um pouco como Obidos em Portugal, mas um pouco maior). Passamos o dia ali, andando pelas pequenas ruazinhas daquela cidade, conhecendo o castelo, e andando pelos muros.

No outro dia fomos para Albi. Uma cidade pequena, mas que tem um centro bem bonito. Claro que existe uma grande catedral, do lado de uma praça, mas o mais bonito é o jardim, que fica atrás da catedral. Por causa do desnível, ele fica em um terreno mais baixo, o que quer dizer que da para vê-lo do alto. Um muro o delimita; do outro lado fica um belo rio, com duas belas pontes.




Na segunda-feira seguinte meus pais seguiram viagem e foram para Paris. Nos outros dois finais de semana aproveitei e fui encontra-los lá. A primeira viagem foi de trem, e como ela demorou muito, no segundo final de semana resolvi ir de avião. Foi a primeira vez que voei depois de ter começado a estagiar na Airbus, e foi uma experiência um pouco diferente. Eu tinha uma noção muito maior e muito mais clara das coisas que estavam acontecendo. Foi bem legal olhar pela janela um pouco antes da aterrisagem, e consegui identificar as antenas do Glide, do LOC, a estação dos DMEs e varias outras coisas.

Voltar para Paris foi engraçado também. Depois de morar em Toulouse eu achei Paris muito maior do que antes. Eu pensava que ia ser rápido chegar da Gare Montparnasse até o Hotel de Ville, duas regiões relativamente centrais. Mais com o tempo necessário eu sentia que eu podia ter atravessado Toulouse inteira. Foi interessante me deslumbrar de novo com aquela bela arquitetura e monumentos que só existem em Paris. Me senti meio que como um caipira.

Foi bom reencontrar o pessoal que ainda estava por lá. Aproveitei também para passar na Supélec para pegar algumas coisas que eu não consegui levar comigo na hora da minha mudança para Toulouse. Desculpa para quem ainda esta lá, mas me senti feliz de não morar mais ali. Claro que eu tive problemas na hora de ir para a Supélec. O RER que atrasa tanto que faz perder o ônibus, que só vai passar daqui a pelo menos mais uma hora. Morar na Supélec, com certeza, é uma das coisas que eu não sinto falta.


Então, meus pais voltaram para o Brasil. Foi bom revê-los, principalmente depois de tanto tempo. Mas a despedida nem foi tão triste. Em algumas semanas sou eu que estarei voltando para o Brasil.