sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Começou: primeira viagem

Terça-feira teve um filme, que mesmo sendo em frances foi muito bom. Era uma comédia. Na quarta, o soirée bresilienne, onde o pessoal falou com o dono da La Galerie, e só tocou musicas brasileiras e a bebida foi mais barata. Na quinta, degustação, principalmente de vinhos. Soirée internationel na sexta, seguido do soirée normal. Os mexicanos levaram uma tequila, mas antes era pra morder um chili. Muito bom, depois de um tempo a lingua fica meio dormente.

A semana já teria sido muito boa. Mas eu quase não lembrava mais dessas coisas que tinham acontecido. Depois de ir dormir tarde na sexta, sabado acordo cedo, o trem que vai para Lyon saia as 7 da manhã. Uma pequena pausa em Lyon, onde as 9 e meia todas as lojas ainda estavam fechadas, e pegamos o trem para Genebra, Suiça.

Saindo da gare (estação de trem) fomos direto para a sede da ONU, que não era exatamente perto. Mas a caminhada e os 10 francos suicos valeram a pena. O predio era incrivel, imponente. Conhecemos as salas onde são feitas as principais reuniões. O guia disse que o objetivo numero um deles era assegurar a paz mundial. Olhando o predio, o tamanho das salas, e as varias obras de artes nos corredores da para imaginar o tamanho e a força dessa organização. Mas se eu ligasse a televissão naquela hora, eu sabia o tipo de noticias que eu teria sobre o mundo. O tour durou 1 hora, e foi da janela da ONU que eu vi pela primeira vez neve. Lá longe, se disfarçando no meio das nuvens, no pico de uma das montanhas.

A mochila estava pesada. Fazia muito sol. Fomos para o hostel, que era muito bom. No check-in recebemos um cartão para andar de graça nos transportes públicos da cidade. Deixei algumas coisas no armário. Com a mochila bem mais leve, pegamos um barquinho para ir até o centro velho de Geneve. Estava tendo um festival, então, tinha um parque de diversões que margeava uma boa parte do lago. O lago é imenso, e nele fica o Jet d'Eau, que todos me aconselharam a ver, mas que estava desligado.

O centro velho é composto de varias ruazinhas de pedra, e prédios antigos. No meio daquelas ruas estreitas e pequenas tem uma igreja faraonica, muito grande!

Enquanto a maior parte do pessoal foi comer alguma coisa, as 6 e poco da tarde, eu, o fernando e o daniel fomos andar mais um pouco. Tinhamos comprado croissants, cokies e barras de cereal em Vichy, e nos alimentamos deles praticamente a viagem toda. Encontramos uma Heiniken 500 ml por 3 € em uma lojinha, comparando com o preço da França, um achado!

As 10 da noite, em ponto, pois estavamos na Suiça, começou a queima de fogos. Eles chamaram de Opera de Feu (Opera de Fogo). Uma musica tocava de fundo enquanto os fogos praticamente dançavam sobre a água do lago. Meu relogio mostrou que foi uma hora de espetáculo, mas eu não saberia dizer. Nunca vi nada parecido. E acredito, de verdade, que se eu não voltar pra Genebra não vou ver nada igual de novo.

Após ficarmos maravilhados, seguimos em direção ao hostel. Mas antes de chegarmos nele, paramos em um barzinho. Tomei um susto quando perguntei pra Helen se ela sabia se lá eles tinham garrafa de cerveja e o garçon me respondeu em portugues.

Chegamos no hostel tarde e acordamos cedo. Eu, o Daniel e o Fernando pegamos o trem para Montreux. Era uma hora de viagem. Fiquei uma hora grudado na janela olhando o lago com os Alpes de fundo. Da cidade, a visão do lago com as montanhas era ainda mais bonita.

Encontramos uma estátua do Freddie Mercury, que teve uma casa na cidade. Fomos andando por um caminho na margem do lago até chegarmos em um chateu (castelo). O castelo avançava sobre o lago. E na frente dele, encontrei chocolate suiço muito barato! Voltamos para o centro de Montreux. O castelo ficava bem longe, ainda mais a pé e com a mochila nas costas, felizmente, tinham várias fontes com uma água bem gelada pelo caminho.

Montreux é linda e muito agradável, e bem pequena também. Uma rua que parece grande no mapa não tem mais que 200 metros. Ainda vimos uma igreja que ficava no topo de um barranco, e de onde a vista era fenomenal.

Como ainda estava cedo, fomos para Laussane. Lá tem o COI (das olimpiadas). Demos algumas voltas pelo parque olimpico, onde fica a pira com o fogo olimpico. Fomos caminhando pela margem do lago, que continua bonito em Lausanne. Encontramos uma orla, onde ficam várias pessoas. Um lugar bem agradável. Descansamos um pouco e voltamos para a gare. Para descer, não tinhamos percebido como a ladeira da gare em direção ao lago era inclinada.

Voltamos um pouco mais cedo do que o previsto para Genebra. Tentamos uma última vez ir ao lago para olhar o Jet d'Eau, que ainda estava desligado de manhã, antes de irmos à Montreux. Estava meio decepcionado, quando eu falava para alguem que eu ia à Geneve, todos me falavam para ver o Jet d'Eau, e até agora ele sempre estava desligado. Felizmente, agora ele estava lá, e realmente, ele joga a água muito alto.

Pegamos o trem das 7 e as 9 da noite estavamos em Aneccy, na França. Já me sentia em casa, o celular funcinava sem problemas, dava para usar o 3g, e a moeda era o euro.

Quando achamos o nosso hotel não acreditamos, ele era bem no centro da cidade. Uma localização excelente. Aneccy é linda. No centro as ruas são de pedras, um estilo bem antigo, meio medieval, mas muito charmoso. Tem um riozinho que corta a cidade. A agua é praticamente cristalina, e bem rasa em várias partes.

Depois de deixarmos as coisas no hotel saimos para comer. Do lado do hotel fica a ponte mais famosa de Aneccy, que é do lado de uma ilha que tem um predio que fica no meio do rio. Tinha bastante gente por ali. Vários barzinhos, onde se ouvia o barulho das pessoas conversando. Numa das travessas, tinha um grupo de moças tocando um pouco de musica classica. Uma tinha um violino, outra um violoncelo, uma tocava uma flauta de sopro, e as outras eu não me lembro. Em um dos barzinhos, pedimos um sandwish, e uma cerveja, que eu entendi que era feita de vin rouge. O movimento acabou cedo, mas ficamos andando mais um poucos pelas ruazinhas, adimirando os prédios, as igrejas que são grandes e surgiam magicamente, e o riozinho que sempre corria cortando a cidade. Era dia dos pais, e depois de insistir muito, consegui falar com o meu pai durante a janta pelo skype.

No outro dia fomos até o lago. Este era outro, não era o que vimos na Suiça, mas era muito bonito também. Andamos um pouco pelo centro, para ve-lo agora sobre a luz do sol. Uma ladeira nos levou à um chateu. Era um lugar bem alto. De la vimos toda a cidade e o lago.

Nos reencontramos com o resto do pessoal e fomos para a gare. Chegamos em Vichy umas 6 e meia da tarde. Estava cansado, e minha perna doia. Tinha certeza que depois da janta ia cair na cama e dormir muito bem.

Mas o Daniel me ligou. Segunda era feriado, em comemoração a assunção de Maria. Fomos ver uns fogos que iam ter em Vichy. Não chegaram nem perto dos de Genebra, mas acho que nunca nunhum vão chegar. Era o último dia do Farias em Vichy, que na verdade já esta morando em Lyon a um ano. Fomos em um barzinho tomar uma torre de chopp.

Cheguei em casa a 1 da manhã, e ai sim, desmaiei na minha cama.

3 comentários:

  1. Que dias incríveis por aí, hein?
    Como vc ainda não está postando fotos, recorri ao Google para seguir o seu trajeto. Deu pra sentir a beleza dos lugares. Já escolhi a Suíça como parte do meu roteiro de viagem!rss
    Continue aproveitando bastante e mandando notícias!
    Beijos

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  2. E ai kenji, lembra de mim? Arthur do Jp2. Tenho um amigo que também foi para o japão agora. Ele fazia mecatronica na usp. As vezes vc deve ter visto ele por aí... Boa sorte aí cara!

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  3. Kenji,

    Lendo o seu relato sobre suas viagens eu me transporto e me vejo no seu lugar, viajando de trem, conhecendo lugares maravilhosos, experimentando comidas diferentes, tendo experiências incríveis. Continue aproveitando bastante! Você é parte de mim e eu também estou viajando com você!!

    Seu pai.

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