segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Nuit Blanche

As aulas ja começaram. O ritmo é frenético. Os professores falam muito depressa, e cada materia é vista muito rapidamente. Matérias que eu ja havia visto no Brasil e demoraram três meses para serem dadas e eram de cursos diferentes, aqui, foram dadas em um dia, pelo mesmo professor.

Mas, embora a primeira semana tenha sido bem corrida, as coisas começam a se ajeiter. Consegui resolver alguns problemas que tinha com o banco, estamos conseguindo cozinhar a nossa janta todos os dias, e o meu quarto estava um pouco mais arrumado do que quando havia chego na Supélec.

Ficamos sabendo que na noite de sabado, primeiro de outubro, ocorreria em Paris a Nuit Blanche. Eh um evento cultural, em que varias obras e instalações que foram feitas especialmente para esse evento ficam expostas; tem também a apresentação de musica e exposição de videos. Decidimos então que iriamos para Paris no sabado, e voltariamos apenas no domingo de manhã.

Para aproveitar e passear pelas atrações turisticas, resolvemos ir no fim da tarde, assim ainda pegariamos algumas horas de sol. Nos encontramos pouco depois das 4 da tarde, eu, o Fernando, o Daniel, a Mayumi, o Janailson e o Raphael, e fomos para a estação do RER. Mas, chegando la, vimos a informação de que havia ocorrido um acidente em uma das linhas, e, por isso, o proximo trem para Paris iria sair quase as 6 horas. Bebemos uma coca enquanto esperavamos.

Chegando em Paris, nos separamos do Janailson, que queria dar uma olhada em alguns computadores, e fomos para a Champs-Elysée, para então irmo au Arc de Triomphe. Quando chegamos na frente dele, encontramos alguns brasileiros que estão na ECP, e a gente tinha conhecido em Vichy.
 
Ficamos conversando muito tempo sobre a vida agora na faculdade, e resolvemos ir jantar. Fomos no Quick, que é uma rede de fast-food, parecida com o McDonald’s.

Depois de jantar nos despedimos deles, e fomos em direção ao Arc de Triomph, pois queriamos subir nele, assim teriamos uma vista incrivel de toda Paris. No caminho, encontramos um mexicano que também havia estado no Cavilam, conversamos rapidamente com ele, e ele disse que acabava de ter subido la, e que era bem legal.

Mas, quando chegamos, encontramos tudo fechado, embora ainda tivessem pessoas la em cima. Tinhamos perdido o ultimo horario de subida por menos de dez minutos.  

Resolvemos então ir até a torre Eiffel. La também  é possivel ter uma vista incrivel da cidade à noite. No caminho para ela, vimos que ela estava com uma iluminação a mais, que eram luzes brancas piscando, o que ficava muito bonito. Mas, quando saimos do metro, essa luzes tinham sido apagadas.

A torre Eiffle é muito grande! Quando chegamos nela, resolvemos subir até o topo, mesmo que não fosse tão barato. No entanto, o guardinha nos informou que àquela hora, era possivel subir apenas até a metade da torre, não mais até o lugar mais alto.

Havendo dessistido de subir na torre, fomos nos afastando para tirar uma foto em que fosse possivel pega-la inteira. As luzes brancas que enfeitavam a torre voltaram a ser acessas. No pé de uma escadaria, havia um grupo de pessoas significamente grande dançando ao som de uma valsa. Quando resolvemos ir pegar o metro, passamos pela frente do teatro nacional, e na porta, ao ar livre, havia um homem tocando piano.

Fomos para a praça do Hôtel de Ville, que era perto da maioria das atrações da Nuite Blanche. Estava lotada de gente. Em um dos cantos da praça, existia uma aglomeração bem maior de pessoas. A Samsung estava distribuindo bottons fosforescentes. Nos enfiamos ali no meio para pegarmos alguns.

Encontramos o professor Raul, o Janailson, e dois amigos dele. Fomos para um pub, que fica em um bairro meio bohemio de Paris. O local era bem legal, mas chegamos a 1h40, e quando fomos pegar uma cerveja, ficamos sabendo que o preço da cerveja subiu 1€ depois da 1h30.

Saindo do pub, fomos ver algumas atrações da Nuite Blanche. Passamos por uma exposiço de video, por uma performace de dança e musica, por uma escultura chamada “Yéti”, e por uma outra escultura que dever ter precisado de muitos calculos para ter sido feita. Passamos na frente de uma outra atração, Purple Rain, mas a fila estava gigante.

Os outros brasileiros que estudam na Supélec também estavam em Paris. A gente ficou se falando por celular durante a noite, e agora eles estavam tentando nos encontrar. Sentamos em um banco, e falamos para eles em que rua estavamos. E esperamos. Depois de um bom tempo, eles nos encontraram, e começaram a contar como eles tiveram mais azar que a gente naquela noite.

Como ja estava bem tarde, mas o RER ainda não estava funcionando, fomos na Purple Rain, ver se a fila tinha diminuido. Ela estava um pouco grande, mas bem menor do que antes. Resolvemos ficar.

Entrando no prédio, recebemos um guarda-chuvas. Entravamos em um jardim interno, e la, a iluminação era toda roxa, e a agua caia como se fosse chuva. Ao fundo, ficava tocando uma musica, que acredito que seja a do Prince que tem o mesmo nome da obra. Eu achava que estavamos em um local coberto, mas quando olhei para cima, vi que estavamos ao ar livre. Fiquei um tempo pensando em como a agua estava caindo do ceu.

Saimos da atração, e fomos em direção a estação onde poderiamos pegar o trem para casa. A fome começou a apertar. Começamos a procurar alguma coisa para comer, mas estava tudo fechado. Fiquei um pouco com saudades de São Paulo, onde eu sabia que não seria nada dificil achar um lugar para comer, não importa qual fosse a hora do dia. No caminho, em uma das ruas passamos por duas meninas, que na verdade eram dois caras, e estavam falando português.

Finalmente achamos umas lojinhas abertas. Comi um cachorro-quente que estava muito bom. Quando pegamos o RER, vim durmindo a viagem toda.

2 comentários:

  1. Que sorte vc estar aí e poder participar de uma noite tão badalada de arte e cultura... e gratuita!!! Paris é mágica, não é Kenji?

    Continue aproveitando tudo por aí!!!

    Beijos
    Suleima

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  2. Ê, vidão, hein!!!
    Arco do Triunfo, Torre Eiffel, festas, etc ... Muito chique.
    Só passeando, né!!
    Muito bem!!! Mas acho que não faltou sorte, não... Da próxima vez vocês vão mais cedo.
    Abraços,
    Nelson

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