quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vacances d'hiver - Parte 2 - Bruxelles e Luxembourg

Peguei outro trem, cheguei em Bruxelas um pouco antes das 19h, e encontrei o Fabio na gare. De lá, fomos ao Delirium Café. Lá foi um dos bares mais incriveis que eu já entrei. A parede e o teto são todos decorados com coisas das mais diversas marcas de cerveja. E então, o Fabio me entregou o que eu achei que era um livro, de umas 200 paginas. Na verdade era o cardapio, e cada pagina era uma cerveja diferente. Era impossivel escolher, mas seguindo dicas, tomei a Hopus, uma cerveja muito boa e bem diferente. Você coloca ela em dois copos, um grande e outro pequeno, e, embora venha da mesma garrafa, a cerveja em cada um dos copos tem cor e gosto diferentes.

Demos uma volta pela cidade de noite, e fomos para Louvain-la-Neuve, uma cidade universitaria que fica perto de Bruxelas, e onde o Fabio esta fazendo a faculdade.

No outro dia, embora tenhamos corrido, eu e a Mari perdemos o trem que iriamos pegar para ir à Bruxelas. Enquanto esperavamos o proximo, a Mari foi me mostrar um pouco da cidade. Na Belgica estava bem mais frio que na França, e tinha nevado na noite anterior. Tinha um lago que tinha congelado e estava muito bonito. A camada de gelo era bem fina. Cheguei na borada, e mal encostei o pé no gelo e ele já trincou. Era impossivel andar ali.

Chegando em Bruxelas, a Mari foi ver os pais dela, e eu fui para o Atomium. O Atomium é um atomo gigante, lá dentro, da ultima esfera, se tem uma vista panoramica muito legal. Ele fica um pouco afastado do centro da cidade, e dentro tem um museu falando sobre uma exposição bem importante que teve em Bruxelas em 1958. Pra quem gosta de arquitetura deve ser bem interessante.

Do lado do Atomium fica a Mini-Europa. Ela estava fechada. Mas, da parte de cima do Atomium dava para ve-la ali em baixo.


Fui conhecer o centro de Bruxelas, agora de dia. Bem no centro mesmo, existe uma praça, considerada por Victor Hugo como a mais pela praça do mundo. É ali que fica o Hôtel de Ville e vários outros prédios bem ornamentados e com uma arquitetura bem bonita. Saindo da praça existem várias ruazinhas, todas para pedestres, com diversos bares e restaurantes. O Delirium Café que tinhamos ido no dia anterior fica ali.

Ali perto fica a estátua do Manneken Pis, um menino fazendo xixi. Ela é muito famosa, embora não tenha nem 30 centimetros de altura. Andando mais um pouco, cheguei em dois museus,que estavam fechados por ser segunda-feira, e fui depois ao Palais du Roi. Em frente ao palacio tem um parque, e logo depois do parque, descendo uma ladeira, cheguei na Cathedrale des Saints Michels et Gudule.

A catedral é bem grande, e eu achei ela parecida com a Notre Dame de Paris. No interior ela é bem bonita também.



O parque do Cinquentenário fica a uma boa caminhada de lá. Para chegar até ele, passei por uma rua onde ficam várias sedes da União Europeia. Aquela rua por algum motivo me lembrou de São Paulo, embora bem menos movimentada. Talvez seja pelo contraste entre os prédios antigos que eu estava vendo, com os prédios mais modernos que estavam ali.

De qualquer forma, o parque do cinquentenário comemora os cinquenta anos de independência da Belgica. Existe um jardim, e em uma das entradas existe um arco, muito bonito e bem grande, e dois predios em volta, formando um meio-circulo. Nesses prédios existem museus, como o museu do exercito e da historia militar. Os museus estavam fechados naquele dia.

Voltei para Louvain-la-Neuve, e a coloque to Fabio preparou uma janta para a gente. Mais tarde, fomos conversar um pouco com a Mari, e depois fomos para umas festas que estavam tendo na cidade.

A cidade ali é incrivel! A cidade e a universidade meio que se misturam, então praticamente todos que moram ali são estudantes. Parece que tem festa todo dia, e em vário lugares diferentes. Fizemos um tour, para eu conhecer melhor os lugares, e alguns estavam bem cheios e eram em lugares bem amplos. O Fabio disse que por causa do carnaval a cidade ainda estava meio vazia, que muita gente tinha ido viajar e não tinha voltado ainda, mas eu achei todos os lugares bem animados. Me deu muita vontade de estudar em um lugar como lá.


No outro dia fui logo de manhã para Luxembourgo. Foram umas três horas de viagem. Saindo da gare, fui em direção ao hostel. Me perdi. A cidade era muito pequena, e quando eu fui parar para olhar onde eu estava, eu tinha atravessado quase toda a cidade. Mudei de sentido, e fui em direção ao hostel, e quando fui olhar, já tinha passado de novo. Finalmente cheguei no hostel, pelo lado mais complicado.

O hostel era bem legal, era como um hotel muito bom. E ele ficava em um lugar bem bonito e tranquilo, tanto que uns 100 metros pro lado, ficava um hospicio. O unico problema é que ele ficava na parte baixa da cidade, então, para ir à qualquer lugar, era necessario subir uma ladeira que não era nada desprezivel.

Deixei a mochila, e fui comer um sandwiche no hostel mesmo. Eu estava lendo as opções que tinham, quando o atendente olha pra mim e pergunta:

-Fala português? É brasileiro?

Devo ter feito uma cara de tão surpreso que ele tentou explicar como ele tinha adivinhado, mas nem ele sabia direito. Incrivel como é facil reconhecer brasileiro.

Bem do lado do hostel, tem o Bock, que é a parte principal da antiga fortaleza que era Luxembourg. Fazendo escavações, foram encontrados várias coisas no subterraneo do Bock, mas infelizmente, ele estava fechado para reformas e não dava para entrar. Fui então conhecer o centro velho, ou o que eles chamam de cidade alta. Ela têm duas praças principais e uma igreja. Tem também o Palacio Ducal e um viaduto.

Encontrei o Daniel, o Paulo e o Diogo em uma das praças. Eles tinham chegado em Luxembourg na segunda, um dia antes que eu, e eles também iam embora na quarta, mas um pouco mais cedo.

Mais a noite, no hostel, conheci um outro brasileiro que eles tinham conhecido no dia anterior. O cara era bem gente boa, ele era professor de ingles no Brasil e contava várias historias bem interessantes.

Saimos nos cinco para procurar um barzinho ali perto. Um lugar que tinham dito para a gente que era perto do hostel e era bem animado estava vazio. Era uma rua, que realmente tinham vários pubs, mais a maioria estava fechada. Na verdade, não sabiamos se Luxembourg era sempre assim, ou se era por causa do carnaval, mas a cidade nos pareceu bem calma, mesmo de dia não tinham muitas pessoas andando pelas ruas.

Fomos então para o centro, ver se encontravamos alguma coisa por lá. Acabamos ficando em um barzinho, bebendo uma cerveja e conversando um pouco.

No outro dia, logo depois do café o pessoal foi para a gare, e eu fui andar pelas ruinas que tinham ali em Luxembourg. Embora o subterraneo do Bock estivesse fechado, o restante das ruinas era ao ar livre, e pode-se andar tranquilamente por elas. Desde o século XII, Luxembourg já era uma fortaleza. A cidade fica em cima de uma montanha, então é possivel ver as construções, como a muralha que faz a volta na cidade e algumas torres, incrustadas na pedra.

É possivel ir andando pelas muralhas, e fazer parte do contorno da cidade. O legal é que por todo o caminho existem placas contando um pouco a historia do lugar, explicando o que você esta vendo, e por onde esta passando.

Nesse dia andei muito, e tinham muitas subidas e descidas. Ainda mais no final, existia um forte que ficava em um local mais alto ainda, e era necessário fazer uma pequena trilha pelo mato para chegar até lá. Mas a vista valeu a pena.





Dei ainda uma rápida passada no Museu da Historia da Cidade de Luxembourg, e fui pegar a minha mochila para ir até a gare.

O pessoal tinha me avisado que eles tinham achado um mercado de produtos brasileiros no caminho da gare. Comecei a ficar desesperado, eu não estava conseguindo encontrar esse mercadinho. Depois de subir e descer umas quatro vezes a rua, finalmente encontrei uma placa com a bandeira do Brasil.

A coxinha, que tinham me falado que era muito boa já tinha acabado, mas acabei comendo uma empadinha de palmito, um kibe com queijo, e um pão de queijo. Tudo isso com guaraná. Ainda comprei duas garrafas de guaraná e duas latinha para levar de volta para Paris.

Minha mochila ficou muito pesada, ainda mais que também tinha mais três garrafas de cerveja que eu estava trazendo desde a Belgica, presentes do Fabio. Mas valeu a pena.

Cheguei em Paris na quarta a noite, e ainda tive o finalzinho das férias para aproveitar por aqui.

3 comentários:

  1. Bruxelas pareceu ser bem legal, né. Vê se consegue fazer um mestrado ou doutorado lá, prá fazermos uma visita também. hehehe
    Não sei porquê mas quando você escreveu sobre Luxemburgo me fez lembrar de São Simão... Ainda bem que você estava a pé, não é? hahaha
    Legal que você conseguir matar um pouco as saudades do Brasil, né. Empadinha, kibe, pão de queijo, guaraná ... Muito bom!
    As fotos estão muito boas. Estou curtindo bastante as suas viagens.
    Abração,
    Nelson

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  2. Com o calor que está fazendo, o Delirium Café faria o maior sucesso por aqui! Até me deu vontade de beber a Hopus... ainda mais com toda a propaganda que vc fez ;)
    Vc notou como as igrejas sempre surpreendem com suas construções?

    E toda viagem tem suas surpresas, não é mesmo? Vc nem imaginava que lembraria de São Paulo visitando Bruxelas e que comeria pão de queijo com guaraná em Luxembourgo!

    Espero que para o aumento do peso da mochila tenha contribuído os mimos que vc comprou pra mim... hehehe

    Beijos
    Suleima

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  3. Olá!
    cara, estudo engenharia no Brasil, tô tentando ir pra Supélec e tava querendo tirar algumas dúvidas com vc...rola de mandar email? Se, puder, me manda um vazio que te respondo com as minhas dúvidas: galvones@gmail.com
    Obrigado e um abraço,
    Lucas Galvão

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