domingo, 13 de maio de 2012

Sping Break - Parte 2 - Paises Balticos


Foi chegar na Supélec às oito da noite, dessarumar a mala, e arrumar de novo. Por volta das 2 da manhã estavamos saindo daqui para ir encontrar o pessoal da Centrale Paris. Iamos passar o resto da noite lá na ECP. Acabamos não durmindo. No outro dia, sexta, 20 de abril, iamos pegar um vôo bem cedo no aeroporto de Paris Beauvais, que na verdade não fica em Paris, e não daria tempo se saissemos da Supélec. Para chegar até esse aeroporto, tivemos que pegar um onibus de mais de uma hora, e começamos a perceber que viajar pela Ryanair não vale assim tanto a pena.

A Ryanair é uma das empresas mais ridiculas que existem. Alem do aeroporto ser longe, os lugares no avião não são marcados, eles cobram milhares de taxas para tudo, o site é muito tosco, e quando o avião pousa, toca uma musica, como uma vinheta, e a galera bate palma. Estavamos ainda na escada, descendo do avião, e já tinha uma fila no meio da pista das pessoas do proximo vôo, esperando para entrar no avião. Mas, tem que ter o lado bom, viajar com eles é muito mais barato.

O primeiro pais que fomos foi a Lituania, e ficamos na capital, Vilnius, por dois dias. A cidade não é muito grande, mas graças a um city tour que fizemos, acabamos descobrindo coisas muito interessantes. Existem tantas igrejas na cidade, que falam que de qualquer lugar, é possivel avistar pelo menos uma; em uma estatua de um doutor com um gato, falam que quando se toca no nariz do gato, pode-se fazer um pedido; e assim que se atravessa o rio, existe um bairro, que eles falam que é um outro pais, a Republica de  Užupis. Lá, habitam vários artistas. Em um muro esta escrito a constituição deles, com coisas como: “3. Everyone has the right to die, but it is not an obligation”, “12: A dog has the right to be a dog”. Por todo esse bairro podemos encontrar várias coisas interessantes, como uma estatua de Jesus com uma mochila. Segundo eles, Jesus foi o primeiro backpacker.




Fomos também a duas colinas, de onde se tem uma boa vista da cidade.


Em Vilnius, chegamos a ir em um restaurante, que se dizia ser uma churrascaria brasileira, mas onde o garçon ficou bravo quando pedimos para ele trazer mais carne vermelha.

Fomos também em um prédio que era a antiga sede da KGB. O predio inteiro é um lugar triste. No sub-solo, é a antiga prisão, onde ficavam os presos politicos. Uma das salas, era uma sala de execusão. Fazia frio lá embaixo, e é impossivel imaginar como as pessoas ficavam dias presas ali. É um dos lugares mais depressivos que eu já entrei.

Uma coisa boa na Lituania, é que a moeda deles é bem fraca em relação ao euro. É verdade que é meio ruim ter que trocar dinheiro, mas as coisas lá eram muito mais baratas.

No fim da manhã de domingo pegamos um onibus, e em 4 horas, já estavamos em Riga, capital da Letonia. Lá também tivemos que trocar dinheiro, e embora a moeda deles fosse mais forte que o euro, o preço das coisas não era mais alto, o que acabava compensando. O centro antigo de Riga é muito pequeno, em 10 minutos é possivel atravessa-lo. A parte nova da cidade é maior, mas fomos muito pouco para lá.

O hostel que ficamos era bem legal. No primeiro dia, fomos a noite com o pessoal em um Karaoke. Foi muito engraçado.

Falam que em Riga foi onde teve a primeira arvore de Natal do mundo. Lá também vimos algumas catedrais, incluindo uma ortodoxa. Uma diferença delas é que no interior não tem bancos, a missa é feita de pé. Na parte nova existem também vários prédios de art nouveau, um estilo de arquitetura que mistura o classico com o novo. Entre a parte antiga e a parte nova da cidade, tem o monumento da indêpendencia





Fomos também à vários museus. Um deles era na ultima torre que restou da cidade medieval de Riga. Um outro, era em um ex prédio soviético. A maioria dos museus falava sobre a historia da cidade e da Letonia. Na verdade, a historia dos três paises balticos é bem parecida. Eles ficaram sempre trocando de mão, hora estavam sob invasão russa, depois alemã, ou suiça; uma verdadeira bola de ping-pong. No incio do sex XX, eles estavam sob dominio russo. Mas pouco apos o fim da primeira guerra, eles declararam a independencia. No entanto, a União Soviética anexou eles de novo. Um dos museus fala que quando os nazistas chegaram lá eles até ficaram contentes, pois esses expulsaram a URSS. A ocupação nazista acabou com a volta da ocupação soviética, e essa foi acabar apenas na decada de 90. É impossivel assimilar que eles viraram independentes a apenas uns 20 anos atras.

É muito recente.


Quando estavamos andando por Riga, em um dos primeiros dias, do lado de um museu tinham dois senhores com trombones e trompetes. Não sei como eles descobriram que nos eramos brasileiros, mas eles começaram a tocar o hino do Brasil. Um jeito muito inteligente de conseguir alguns trocados.

Na quarta-feira, pegamos mais uma vez o onibus, agora para irmos até Tallinn, na Estonia. Chegamos lá no inicio da tarde. A antiga cidade medieval é toda cercada por uma muralha. Tallinn foi a cidade que ficamos menos tempo, apenas uma noite. Quando chegamos em Tallinn, eu já estava bem cansado. Era quase o final da segunda semana de viajem, e todos os dias e noites foram cheios de coisas para fazermos. Mas mesmo assim, aquela cidade me encantou bastante.

Fizemos um city tour para conhecer os principais lugares, igrejas, muralha, parques... Mas já estavamos meio saturados de tanto fazer turismo. No meio do city tour, passamos por um estande de arco e flecha. Eu, o Italo e o Iago abandonamos o tour para ficarmos ali atirando algumas flechas. Depois, não sei como, ainda conseguimos encontrar o resto do pessoal.

Existe uma parte da cidade que é mais alta, e se tem uma vista panoramica bem legal da cidade. Também chegamos a ir ao terraço de um centro de convenções, que fica bem perto do mar Baltico. A água parecia muito gelada. Como estavamos bem ao norte, a temperatura ali era mais baixa da que eu tinha pego na semana anterior, no sul da França.




O hostel que estavamos era muito animado. Lá, conhecemos um grupo de brasileiros. Incrivel como tem brasileiro em todo lugar (conhecemos um em Riga também), e como brasileiro é muito animado.

Quinta-feira de noite pegamos um onibus noturno para voltarmos à Vilnius. Chegamos de manhãzinha e no inicio da tarde pegamos o vôo da Ryanair para voltarmos para Paris, ou melhor, para Bouvais. No inicio da noite cheguei em casa, destruido.

Finalmente comecei a fazer alguns paises mais do leste europeu, coisa que eu sonhava em fazer faz tempo, desde quando ainda estava no Brasil. E mesmo com a Ryanair, a viagem foi exelente!

Um comentário:

  1. Visitei um antigo presídio e é isso mesmo... Um passeio pela história, diferente, mas o lugar acaba sendo deprimente.

    Churrascaria sem carne vermelha? Como assim??? rss

    E vc cantou no karaokê? Ai ai ai... hehehe... brincadeirinha viu!

    O mais importante vc não disse. As aeronaves da Ryanair estão em boas condições??? Dá pra viajar sossegado?

    Adoro ver as fotos!! Cada lugar com seus encantos diferentes!

    Beijos
    Suleima

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