A mais de
200 anos, um evento mudou a historia da França. Era o inicio da republica, o
levantamento do povo contra o dominio da época; o que levaria a cortarem a caveça
do homem mais importante, o rei. Foi em 14 de julho a queda da bastilha, o
inicio de tudo isso. Até hoje essa data é muito importante aqui na França, como
se fosse um dia da independencia, um dos dias mais importantes pro país.
No sabado,
14 de julho desse ano, eu e o Daniel acordamos bem cedo para irmos até a
Champs-Elysées, lugar onde ia ter o desfile. Mesmo chegando 1 hora antes,
estava bem cheio, mas conseguimos encontrar um lugar de onde deu para ver bem o
desfile. E mesmo estando bem cheio lá, acabamos encontrando uns amigos por
coincidencia ali perto.
O desfile
foi bem legal. Começou com o atual presidente frances, François Holande,
passando em carro aberto pela Champs. Depois, uma apresentação de vários
aviões, que ficavam dando rassantes. Várias tropas desfilaram, incluindo uma
que estava servindo a pouco tempo atrás, uma tropa de cachorros, e vários com
uniformes bem diferentes. Também passaram alguns carros e tanques, e no final,
um grupo de paraquedas fez um salto de precisão, pulando na place de la Concorde,
na frente do presidente.
De noite,
fomos até o Champs de Mars onde encontramos um pessoal. Como o Raul e o Bruno
tinham chegado cedo, eles conseguiram pegar um bom lugar pra gente. Normalmente,
fogos de artificio são proibida em Paris, e nem no ano novo têm. Mas, o 14 de
julho é o unico dia que é autorizado queima de fogos na cidade. Então era foi
algo bem espetacular, não apenas pela singularidade do evento, mas também
porque foi um show bem bonito. Colocaram uma imensa bola no meio da torre
Eiffel. E os fogos saiam do Trocadeiro. Assim, do Champs de Mars, viamos a
torre, com uma iluminação toda especial, e ao fundo os fogos. Tinha uma musica
acompanhando. O tema desse ano era Dance Music (?), e mesmo tocando umas
musicas que eu nunca imaginaria, foi bem legal.
A estrutura
para os eventos do dia estavam muito boas, mais voltar para casa foi um
pesadelo. Quando a queima de fogos acabou, por volta das onze e meia da noite,
uma multidão saiu ao mesmo tempo. Sabiamos que iria ser impossivel pegar um
metro ali, então andamos até Denfert. Lá, iamos pegar um onibus para casa. Mas
os onibus que passavam por lá já estavam completamente lotados. Fomos até
Chatelet, ponto inicial do onibus que queriamos pegar. Tinha uma multidão lá.
Quando o onibus chegou, teve muita confusão, empurra-empurra, e menos de um
terço do pessoal conseguiu entrar. Por causa da confusão, o motorista do onibus
acabou chamando a policia, que demorou bastante tempo para chegar, e depois estava
dizendo que eles estavam praticamente sozinhos para atender todos as
ocorrências da noite. Acabamos esperando o outro onibus, e quando ele chegou,
embora a gente tenha conseguido entrar, muita gente ainda ficou de fora. Isso já
eram umas 4 da manhã.
Então, embora
as atrações do diaforam boas, a noite foi horrivel. A organização da cidade
pecou muito não melhorando a infraestrutura, e deixando o transporte igual a de
um dia como outro qualquer. É um dos dias mais importantes na França, e eles
não se prepararam de nenhum jeito para isso.
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Um final de
semana depois, fomos até o Mayflower. Um bar em plena rua Mouffetard, que tem várias
cervejas, principalmente belgas. Era a despedida do Paulo.
E essa foi
uma das noites mais engraçadas que eu tive até agora aqui em Paris. Depois de
sairmos do Mayflower, passamos rapidamente comer um crepe no Petit Grec, e
fomos meio correndo até a estação do RER. Estava quase na hora do ultimo trêm.
Mas no caminho, tinha um colchão, e apartir daquele momento, a noite melhorou
ainda mais.
Um colchão
de casal, grande, meio novo ainda, e o Café decide leva-lo até a Supélec.
Estavamos brincando com o colchão na estação do RER até que o guardinha veio
reclamar, e quando a gente entrou no trêm, todo mundo ficou olhando. É uma cena
meio unica um colchão no RER. O pessoal olhava, ficava rindo, e teve gente que
até chegou pra pedir pra tirar foto com a gente. Uma noite memoravel.
Alguns dias
depois, foi dia 23 de julho, e fez um ano desde o dia que eu cheguei na França.
Um ano cheio de historias e experiência, mas que passou muito rápido.
Kenji,
ResponderExcluirDepois de conhecer o Palácio de Versailles pude entender porque houve a Revolução Francesa, a queda da Bastilha: havia muita diferença social. Alguns poucos tinham muito e outros muitos não tinham quase nada.
Parabéns pelo ano que se passou. Vejo que foi cheio de grandes experiências e você cresceu muito mesmo.
Abração,
Nelson.
Que ano agitado, hein Kenji? Mesmo sentindo muito a sua falta aqui, pertinho de mim, fico muito feliz por você estar vivendo novas experiências, histórias que sempre ficaram na sua memória. Aproveite bem esse tempinho que você ainda tem por aí. Quem sabe eu vou lhe fazer uma nova visitinha...rsss
ResponderExcluirBeijos
Suleima
p.s. Bem que eu gostaria de estar nesse trem e ver vcs com esse colchão.